Um confronto entre a Polícia Militar e integrantes do Comando Vermelho em Cururupu resultou em três mortos e um ferido na noite desta sexta-feira (15), por volta das 23:30h. Segundo informações obtidas com fontes da Polícia Militar, uma guarnição (GU) recebeu denúncia anônima informando que cinco faccionados estavam em duas motocicletas no povoado Salinas, após saírem de Cururupu.
Ainda de acordo com a denúncia, os suspeitos teriam invadido a residência dos irmãos Renato e Edinielson, sequestrando Renato para submetê-lo a um suposto "disciplinamento" – prática de punição aplicada por facções.
Confronto
A PM se deslocou para averiguar a denúncia e, no trajeto, localizou duas motocicletas com as características repassadas. Os ocupantes desobedeceram à ordem de parada e atiraram contra os policiais, que revidaram.
No confronto, quatro suspeitos foram atingidos. Um deles conseguiu fugir. Com os envolvidos, foram apreendidos dois simulacros de arma de fogo (réplicas).
Feridos e óbitos
Os quatro feridos foram levados à Santa Casa de Misericórdia de Cururupu. Três não resistiram e morreram no hospital; o quarto permanece internado. De acordo com a Polícia Militar, os mortos foram identificados como:
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M. S. D. 31 anos, residente no bairro Fátima, em Cururupu;
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S. C. A. S., morador do bairro São Benedito;
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T. C. A. D. C., também residente no bairro Fátima.
O sobrevivente, que permanece hospitalizado, foi identificado como M. J. D. P., residente no bairro Beira do Campo.
Situação da vítima
Renato, vítima de sequestro, foi localizado no povoado Salinas com lesões no braço esquerdo e na costela direita. Segundo a PM, uma equipe de saúde teria se recusado inicialmente a prestar socorro, mas após insistência, o atendimento foi realizado.
Providências
As motocicletas usadas pelos suspeitos foram apreendidas e encaminhadas à Delegacia Regional de Cururupu. O caso foi comunicado ao delegado de plantão, que deverá adotar as medidas cabíveis.
Desdobramentos
O episódio reforça a atuação violenta de facções criminosas na região e levanta discussões sobre legítima defesa e uso da força policial. O caso deve ser acompanhado pela Delegacia Regional e Ministério Público, que investigarão crimes de homicídio, sequestro e porte ilegal de arma (mesmo que simulada).

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