O voto consciente é, de fato, uma das ferramentas mais poderosas para promover mudanças políticas e sociais em uma democracia. Quando os eleitores exercem seu direito de forma informada e crítica, escolhendo candidatos e propostas alinhados aos seus valores e às necessidades da sociedade, fortalecem a governança ética e o desenvolvimento sustentável.
A realização das Eleições 2026 em todo Brasil para o cargo de presidente, governador, deputado estadual, federal e senador, aumenta a expectativa de mudanças no cenário político brasileiro. Esse mesmo desejo, está no consciente coletivo dos maranhenses, estado que ainda de forma negativa, ostenta alguns dos piores índices sociais e de desenvolvimento do Brasil.
Muitos eleitores, entretanto, não acreditam ser possível mudar a história do país e insistem na ideia de que a corrupção é inerente à política brasileira e que o nosso país "não tem mais jeito", o que eu descordo totalmente.
Trazendo o debate para a nossa região, Litoral Ocidental Norte do Maranhão, cuja principal cidade é o município de Cururupu, os eleitores precisam mais uma vez ficarem atentos, pois já começou o "desfile" de salvadores da pátria, cheios de boa vontade e soluções para todos os problemas da população, "esses salvadores" estão sempre acompanhados de lideranças locais, as quais entregam de "bandeja", o destino de nosso município, o resultado disso após as eleições, já conhecemos.
Dito isso, com as eleições se aproximando, é necessário que o eleitor esteja atento e consciente de seu papel, não apenas como mero eleitor, mas sobretudo, como um agente de mudança e transformação da sua própria realidade.
No atual contexto político e social do Brasil, os dias destinados à realização das eleições representam um dos raros momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça, sexo, condição financeira, classe ou grupo social, já que existe igualdade de valor no voto dado por cada cidadão, sabendo disso, os postulantes aos cargos, seja no executivo ou no legislativo, começam uma verdadeira "caçada aos votos", e como muita das vezes não tem qualquer afinidade com os municípios, e portanto, não tem relação com o povo, os primeiros pessoas se dão nos conchavos com as chamadas lideranças locais, que "recrutam" e garantem os votos daqueles menos atentos.
Diante da liberdade e da igualdade no exercício da soberania popular, é fundamental que o voto seja consciente, pois esse é um fator preponderante para que se alcance um resultado satisfatório no pleito.
Por que o voto consciente é transformador?
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Combate à corrupção e ao populismo – Eleitores bem-informados tendem a rejeitar políticos que promovem promessas vazias ou práticas clientelistas, privilegiando gestões transparentes e eficientes.
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Fortalecimento da representatividade – Quando o eleitor pesquisa o histórico, as propostas e a conduta dos candidatos, aumenta as chances de eleger representantes comprometidos com o interesse público.
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Pressão por políticas públicas eficazes – Um eleitorado atento exige accountability (prestação de contas) e cobra resultados, incentivando melhorias em educação, saúde, segurança e meio ambiente.
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Redução da polarização irracional – O voto consciente prioriza propostas concretas em vez de ideologias ou personalismos, contribuindo para um debate político mais qualificado.
Como praticar o voto consciente?
✔ Pesquisar candidatos – Analisar trajetória, projetos de lei, ficha limpa/suja e alinhamento com causas relevantes (direitos humanos, sustentabilidade, etc.).
✔ Comparar propostas – Evitar escolhas baseadas apenas em carisma ou propaganda; avaliar planos de governo e viabilidade.
✔ Participar além das eleições – Acompanhar o trabalho dos eleitos, cobrar promessas e participar de conselhos e audiências públicas.
✔ Debater com respeito – Incentivar discussões baseadas em fatos, não em fake news ou ataques pessoais.
Impacto a longo prazo
Um eleitorado consciente é o maior freio contra retrocessos e o principal motor de avanços sociais. Países com altos índices de engajamento cívico tendem a ter instituições mais sólidas e menos desigualdades. Portanto, cada voto refletido é um passo para uma democracia mais justa e inclusiva.
Votar com consciência não é apenas um direito, mas um dever de quem deseja um futuro melhor.
Escrito por Raimundo Nonato Pereira, Bacharel em Direito, Pós-graduado em Sistema Prisional, Medidas Socioeducativas e Direitos Humanos, Docência do Ensino Superior, Acadêmico do Curso de Marketing, da Universidade Católica de Brasília (UCB), e Diretor Geral do portal de notícias ICURURUPU.
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